Conforme o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), Henrique Lopes, caso não haja acordo com o Governo do Estado, a greve deverá ter início em agosto, após o período de recesso escolar.
“A categoria foi contra a proposta do Governo, por isso haverá um período de negociação, antes de decidir se entraremos em greve”, disse.
Os servidores da rede estadual cobram a realização de concurso público - que deveria ter sido realizado em 2014 - e afirmam que não irão aceitar a fragmentação do reajuste salarial.
"Não iremos aceitar o parcelamento do reajuste. O prazo até agosto é para que possamos ter um diálogo com o Governo, para que cumpram a lei"
“Não iremos aceitar o parcelamento do reajuste. O prazo até agosto é para que possamos ter um diálogo com o Governo, para que cumpram a lei”, afirmou.
Caso a greve seja deflagrada, pelo menos 400 mil estudantes ficarão sem aulas no Estado.
Reajustes
De acordo com a assessoria de imprensa do Sintep-MT, para que o plano de salário seja cumprido conforme acordo da última greve, é necessário um acréscimo de 6%.
Além disso, há o reajuste conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que seria de 6,22%.
Conforme a proposta do Estado, os reajustes seriam parcelados e o pagamento do valor total, de 12,22%, seria concluído no começo de 2016.
Os servidores alegam que o parcelamento irá atrapalhar o acordo de plano salarial firmado durante a greve de 2013, que durou mais de 60 dias.
"A categoria foi contra a proposta do Governo, por isso haverá um período de negociação, antes de decidir se entraremos em greve"
A reunião entre os servidores do Sintep-MT foi realizada na tarde desta segunda-feira (08), na Escola Estadual Presidente Médici.
As aulas na rede estadual continuarão normalmente até o recesso de julho, segundo o presidente do Sindicato.
Novas mobilizações
Em razão da falta de acordo com o governo, os servidores das escolas estaduais de Mato Grosso farão mobilizações na Capital.
No dia 12 de junho, às 14h, os servidores farão mobilização para divulgar o “Lançamento Estadual do Manifesto em Defesa do Serviço Público e dos/as Trabalhadores/as”.
No dia 17 de junho, os servidores farão paralisação de um dia. De acordo com a classe, a ação será em advertência ao Governo Pedro Taques contra o arrocho salarial.
Conselho do Sintep-MT
Neste final de semana, o Conselho de Representantes do Sintep de Mato Grosso se reuniu para debater sobre a educação no Estado. Durante as discussões, os servidores mostraram-se contrários ao parcelamento do reajuste salarial. A classe afirmou que o pagamento só seria direito se fosse feito por inteiro”.
Os servidores também definiram pela criação da Frente de Luta em Defesa do Serviço Público e dos Direitos Trabalhistas. Uma entidade representada por diferentes sindicatos de servidores público, com a intenção de fazer embate às políticas postas pelo Governo. O movimento definiu uma agenda de mobilização a ser executada por todas as categorias.
Fonte: Mídia News
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