O advogado Rodrigo Leite da Costa entrou nesta sexta-feira (31) com pedido de revogação da prisão do empresário Marcos César Martins Campos, de 34 anos, acusado de espancar a ex-esposa, a médica Camila Campagnolli Tagliari Canpos, de 29 anos.
O crime ocorreu no dia 27 de março, no bairro Duque de Caxias em Cuiabá.
Marcus se entregou à Justiça na última terça-feira (31), um mês após ter a prisão preventiva decretada. Ele está preso no Centro de Ressocialização de Cuiabá (antiga Cadeia Pública do Carumbé).
Segundo Rodrigo da Costa, o empresário estava viajando a trabalho. O advogado preferiu, porém, não revelar onde o cliente se encontrava em virtude de o processo tramitar em segredo de Justiça.
A defesa de Marcus alega que ele não violou a tornozeleira eletrônica, conforme justificou o juiz Jamilson Haddad Campos para decretar sua prisão preventiva.
Já temos provas de que não houve violação, e o juiz irá constatar isso
No dia da agressão, o empresário foi preso em flagrante e participou de uma audiência de custódia com o juiz Marcos Faleiros.
No procedimento, o magistrado havia determinado que o agressor se mantivesse a uma distância mínima de mil metros da mulher, além de usar tornozeleira eletrônica.
“Já temos provas de que não houve violação, e o juiz irá constatar isso”, disse o advogado.
Conforme o advogado, o Ministério Público Estadual está analisando o pedido de revogação da prisão e deve encaminhar os autos para a 1ª Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher.
“Esperamos que o juiz Jamilson Haddad decida sobre a revogação da prisão até segunda-feira (06)”, complementou
Antes mesmo de o pedido de prisão ser expedido, a Polícia Civil havia concluído o inquérito policial e indiciou o empresário por lesão corporal. O caso foi encaminhado ao Fórum Criminal de Cuiabá.
O Ministério Público Estadual analisou os documentos das investigações sobre a agressão e decidiu denunciar o empresário por lesão corporal e ameaça contra a própria esposa.
O juiz Jamilson Haddad Campos acatou a denúncia e o empresário passou a ser réu da ação proposta pelo MPE.
A agressão
O episódio aconteceu quando Marcos e Camila voltavam de um restaurante, onde comemoravam o aniversário dele.
De acordo com o boletim de ocorrência, a agressão começou na garagem do edifício onde o casal morava, no bairro Duque de Caixas, em Cuiabá. Eles teriam tido uma discordância antes da briga.
No B.O., a médica informou que o marido se descontrolou e passou a agredi-la com puxões de cabelo, tapas e socos.
Ela afirmou que perdeu a consciência em razão das agressões e foi levada pelo próprio empresário até o seu apartamento.
Segundo consta no boletim, ao chegar ao apartamento, a médica voltou a ser alvo de agressões. O crime foi presenciado pela filha da médica, de 11 anos. A criança entrou com uma ação por danos morais contra o padastro.
A violência culminou em fratura nasal e no rompimento da membrana timpânica direita.
No momento em que as agressões cessaram, a mulher contou que teve auxílio de amigos e do porteiro para acionar a Polícia Militar.
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