Governo do Estado nega que tenha induzido a Justiça ao erro em ação

O Governo de Mato Grosso afirmou neste domingo (05), por meio de nota, que a ação declaratória de ilegalidade de greve, ajuizada pelo Executivo Estadual e atendida pela Justiça na última sexta-feira (03), teve como objetivo impedir a possível paralisação dos serviços de segurança das categorias que ainda não haviam aderido ao movimento grevista, assim como também para determinar o retorno dos servidores que já haviam paralisado as atividades.

A nota foi elaborada para responder o posicionamento de sindicatos e associações ligados à Polícia Militar, que no sábado (4) afirmaram que o Governo havia induzido o Judiciário a erro, por pedir a ilegalidade da greve de categorias que não haviam cruzado os braços.

Segundo o Paiaguás, a ação ainda reforçou o cumprimento do artigo 144 da Constituição Federal, que descreve sobre a segurança pública e sua essencialidade para a população, assim como tais serviços devem ser realizados em sua plenitude.

Conforme a própria decisão do desembargador Alberto Ferreira de Souza, “a função da atividade policial e aquelas que lhe são correlatas/interligadas [inclusive as promovidas pelo DETRAN; art. 42 da LC Estadual n. 566/2015] geram, em última análise, a coesão social, propiciando, a mancheias, um contexto adequado à cooperação entre cidadãos livres e iguais”.

Sobre a Revisão Geral Anual (RGA), que também foi citada na ação declaratória e analisada pelo Judiciário Estadual, o Governo reafirma o pagamento de 6% de reajuste aos servidores públicos.

A decisão, segundo a nota, visa garantir o direito legal dos trabalhadores, mesmo o Executivo Estadual apresentando limite prudencial de gasto com pessoal já ultrapassado, conforme preconiza a Lei de Responsabilidade Fiscal. A proposta destaca que o reajuste será dividido em três parcelas: 2% em setembro, 2% em janeiro de 2017 e 2% em março de 2017. 

O pagamento de 11,28% de RGA, que é solicitado pelos servidores, teria um impacto de R$ 628 milhões na folha salarial deste ano, o que também resultaria no atraso e parcelamento salarial, já a partir do mês de julho. Conforme prevê a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), Mato Grosso já ultrapassou o limite para gastos com salários. Atualmente 49,74% da receita do Estado é destinada ao pagamento de servidores, sendo que o máximo a ser gasto é de 49% da receita.

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